segunda-feira, 27 de julho de 2009

MULHER LEAL A SI E A DEUS

Padre Falcoia, que teve grande influência na fundação da Ordem das monjas do Santíssimo Salvador e com a fundação do ramo masculino. Ele e os companheiros de Afonso introduzem modificações na Regra.
Maria Celeste não contesta Afonso, mas abre sua consciência a seu confessor padre Romano.

"Desde este momento eu renuncio... meu espírito está tranqüilo e nada temo, caminhando à luz do Evangelho, caminho de meu amoroso Jesus... desejando só a Ele e a Ele crucificado, derramarei lágrimas pelos meus pecados, porém com doçura infinita."

Padre Falcoia lhe impõe condições e exige que as aceite todas: que ela aceite e assine a nova versão da regra tal como lhe apresentam; que não mais se comunique com Silvestre Tosquez, um amigo das irmãs; que faça voto de obedecer somente a ele como seu diretor espiritual.
Maria Celeste aceita as duas primeiras imposições e rejeita a última. Esta atitude de padre Falcoia é, para ela, uma violação de sua liberdade de consciência. É, então considerada rebelde; é punida, retirada da comunidade, proibida de receber a Santa Comunhão e tachada de soberba.
Padre Falcoia impõe sua autoridade sobre toda a comunidade. Maria Celeste é expulsa do Mosteiro. Em 14 de Maio de 1733, Ano da Redenção, Maria Celeste, fiel à sua consciência, aceita tudo com o coração transpassado e deixa o Mosteiro.

Seguindo a trilha do abandono, lança-se confiante na vontade de Deus. Será difícil intuir os sentimentos desta mulher neste momento e o que se passa em sua alma, ela parte serena com sua irmã Ùrsula, seguindo os passos do Redentor.

"O Senhor dispôs minha saída do Mosteiro, sem que eu cooperasse para tal em nada, nem o procurasse. Totalmente contra a minha vontade". (Autobiografia)

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